Seguindo o III Encontro Nacional de Desastres (END) realizado em 2023 no formato PRESENCIAL, a Comissão Organizadora do IV END tem o prazer de anunciar a realização da quarta edição do END no mesmo formato. A Comissão Organizadora acredita que discussões presenciais têm maior potencial para geração de frutos, à medida que permitem a construção de uma rede social mais consolidada dos participantes. Nessa edição, a temática das mudanças climáticas continua recebendo destaque, especialmente acerca de seus efeitos sobre a sociedade e a ocorrência de eventos extremos. Isso está bastante justificado pelo fato da ocorrência de um grande número de tragédias com excesso e/ou escassez de água observadas em todo o país em 2023.
Em relação especificamente à chuva, observa-se que, nos últimos anos, eventos hidrológicos extremos vêm prejudicando o Brasil, onde, até o início de 2022, o recorde nacional de chuva em 24 horas era de 404,8 mm, registrado em Florianópolis/SC em 15/11/1991. Esse recorde foi ultrapassado com a chuva registrada (534,4 mm) em Petrópolis/RJ em 20/03/2022. Menos de um ano após, nos dias 18 e 19/02/2023, o recorde foi novamente quebrado pela chuva de 682 mm em 24 horas em Bertioga/SP. Por outro lado, a região norte do país sofreu com a seca histórica dos rios da bacia do Amazonas, que prejudicou o seu ecossistema, suas comunidades e diversos setores da economia. Assim, nota-se que a ocorrência de eventos extremos vem sendo alterada frequentemente. Desse modo, refletimos: A sociedade está preparada no enfrentamento aos eventos extremos associados às mudanças climáticas?
Com a intensificação dos processos naturais associados às mudanças climáticas, o desafio para a compreensão, representação e previsão de eventos extremos torna-se ainda mais complexo. Portanto, avanços técnico-científicos são essenciais para lidar com as incertezas introduzidas pelos efeitos das mudanças climáticas, em consonância com as características e singularidades climatológicas, geomorfológicas, ecológicos e sociais de diferentes regiões.
Enquanto o clima está se modificando, a sociedade mundial, nacional e local também vêm constantemente se alterando, sendo cada vez mais complexas. Isso já foi discutido e analisado na década cientifica “Panta Rhei” da Associação Internacional de Ciências Hidrológicas (International Association of Hydrological Sciences – IAHS) no período de 2013-2022. E, atualmente, a década científica da IAHS para o período de 2023-2032 é: HELPING (Hydrology Engaging Local People IN one Global world) com ênfase de ‘local’. Em tal contexto, considera-se que uma das unidades ideais no aspecto administrativo deve ser a cidade. Justamente por isso, diversas iniciativas da ONU, tais como a Agenda 2030 e o Marco de Sendai, buscam cidades resilientes como uma de suas principais metas.
A ocorrência de um desastre reflete sempre duas esferas: sociedade e natureza. A primeira pode ser expressa pela vulnerabilidade, que é fortemente associada à questão de resiliência da cidade. Enquanto isso, a segunda traz à sociedade perigos naturais, cujos principais fatores desencadeantes podem ser potencializados pelas mudanças climáticas. Diante disso, se faz necessário discutir o principal tema “Cidades resilientes frente aos eventos extremos associados às mudanças climáticas”. Assim sendo, estamos criando espaço para esse debate no IV END.
Comissão Organizadora do IV END
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ABRHIDRO/ Aos cuidados Graciela Disconzi