No SBRH de 2019 houve a seção especial de “Mecânica dos Fluidos Ambiental: Monitoramento e Modelagem em Reservatórios e Ambientes Costeiros, Hidráulica Ambiental e Limnologia Física” (organizado pelo Michael Mannich, Tobias Bleninger e José Rodolfo Scarati) na qual muitos participantes identificaram atividades em comuns, manifestando um grande interesse em estabelecer uma interação contínua. A partir deste momento, o grupo passou a se reunir sob a liderança de Lais Ferrer Amorim, que tomou a iniciativa de criar o grupo GIPEM (Grupo de Interação à Pesquisa – Modelagem Hidrodinâmica e de Qualidade da Água) e organizou várias reuniões de interação e palestras técnicas-científicas.
Tomando ciência desta iniciativa, a ABRHidro reconheceu estas atividades do GIPEM e convidou os integrantes a formar uma comissão no âmbito da ABRHidro (estruturada conforme as orientações disponíveis em https://site.abrhidro.org.br/comissoes/).
Os integrantes do GIPEM assim se reuniram e elaboraram esta proposta sobre a comissão com o intuito de discutir a proposta com a ABRHidro e seus associados numa reunião durante o SBRH 2021.
Esta proposta se inspirou no formato das comissões existentes (por exemplo Engenharia dos Sedimentos, mas também de comissões similares da IAHR (International Association for Hydro-Environment Engineering and Research, lista de comitês, comitê de mecânica dos fluidos, comitê de emissários) e dos grupos de especialistas da IWA (lista de grupos, comitê de emissário).
Objetivos
Avançar o conhecimento científico e tecnológico em todos os aspectos relacionados à Mecânica dos Fluidos Ambiental e engenharia limnológica. Isto inclui o monitoramento, a análise e a modelagem de fenômenos de transporte e mistura de substâncias, além da transmissão calor em ambientes aquáticos superficiais.
Objetiva-se estudar em especial lagos, reservatórios, estuários e águas costeiras, nos quais o efeito de estratificação térmica e/ou salina e química exigem uma abordagem integrada de várias áreas do conhecimento, como hidrologia, mecânica dos fluidos, engenharia, limnologia e ecologia.
O diferencial da comissão é a integração destas disciplinas, combinando processos hidrodinâmicos com processos de transferência de substâncias e calor nos corpos hídricos, forçados por processos meteorológicos e hidrológicos e incluindo a engenharia limnológica. Também a agenda de discussões para contribuição na elaboração de guias práticos de melhorias na gestão de recursos hídricos e usos múltiplos e de qualidade para estes sistemas ambientais.
São analisados aspectos físicos, incluindo turbulência, dispersão e estratificação térmica e química, e aspectos de qualidade da água, como transporte e decaimento de poluentes, eutrofização de recursos hídricos e proliferação de algas. E estes são agregados e integrados com a análise de processos de transferência nas interfaces (superfície, fundo, e interfaces de densidade).
Os temas abrangem, mas não estão restritos, a:
• Descrição de fenômenos físicos e biogeoquímicos, modelagem, estudos de laboratório e campo da dispersão de pluma de contaminantes e de aspectos que afetam a qualidade da água, bem como tecnologias para o lançamento de efluentes;
• Identificação da influência de forçantes hidrológicas e meteorológicas sobre a circulação de massa e energia em ambientes hídricos e suas implicações em termos do transporte de substâncias (nutrientes, matéria orgânica e fitoplâncton);
• Técnicas de engenharia para gestão de mananciais, estudo de estruturas de captação (como definir a melhor posição de uma tomada de água diante de diferentes cenários hidrológicos, meteorológicos, de ocupação do solo, estratégias de gestão etc.);
• Avanços tecnológicos no monitoramento, em especial sensores/plataformas (individuais, automatizados, autônomos etc.), descrevendo sua escala temporal, capacidade /potenciais de medições e limitações inerentes;
• Processamento de dados monitorados em diferentes escalas espaciais e temporais para compreender fenômenos da engenharia limnológica.
Objetivos adicionais fortemente relacionados com a comissão são a capacitação, promoção de discussões técnicas e a formação de jovens profissionais, pesquisadores e gestores de recursos hídricos. Bem como, sua inserção nos projetos e atividades profissionais e de pesquisa nacionais e internacionais. Busca-se assim também um fortalecimento de interação com comissões similares na IWA e IAHR para atividades internacionais.
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ABRHIDRO/ Aos cuidados Graciela Disconzi