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Revista Brasileira de Recursos Hídricos
Brazilian Journal of Water Resources
ISSN 2318-0331
Revista Brasileira de Recursos Hídricos
Brazilian Journal of Water Resources
ISSN 2318-0331
VOLUME. 10 - Nº. 1 - JAN/MAR - 2005
ARTIGO
Desempenho de Fórmulas de Tempo de Concentração em Bacias Urbanas e Rurais
Resumo:
O tempo de concentração é um dos tempos de resposta da bacia hidrográfica mais utilizados no cálculo de chuvas e hidrogramas
de projeto. Paradoxalmente, é um parâmetro hidrológico difícil de ser estabelecido com critério pelos projetistas porque há pouca informação sobre a aplicabilidade das diversas fórmulas empíricas disponíveis. É verdade que Kibler (1982) e McCuen et al (1984) são exemplos de fontes bibliográficas importantes que esclarecem vários aspectos sobre origem, uso e aplicabilidade de fórmulas empíricas de tempo de concentração, entretanto paira alguma dúvida sobre o desempenho
absoluto e comparativo dessas fórmulas, ainda mais para os que consultam bibliografia em português, apesar do trabalho referencial de Porto (1995). Esta situação motivou a realização do presente artigo com o objetivo de avaliar o erro de 23 fórmulas de tempo de concentração, incluindo aquelas mais encontradas na bibliografia técnica brasileira. Buscou-se confrontar as informações disponíveis
sobre a origem das fórmulas e limitações teóricas, com o desempenho obtido em aplicações a bacias urbanas e rurais com dados observados. Vários resultados mostraram que é possível o uso de fórmulas de tempo de concentração para uma faixa de áreas de bacias muito superior às usadas em sua calibração, sobretudo em bacias rurais. No caso de bacias urbanas, as fórmulas com melhor desempenho mostraram uma faixa de erro maior do que as correspondentes em bacias rurais. O estudo não objetivou fazer um ?ranking? de todas as fórmulas, mas fornecer indicadores para uma escolha consciente caso a
caso.
O tempo de concentração é um dos tempos de resposta da bacia hidrográfica mais utilizados no cálculo de chuvas e hidrogramas
de projeto. Paradoxalmente, é um parâmetro hidrológico difícil de ser estabelecido com critério pelos projetistas porque há pouca informação sobre a aplicabilidade das diversas fórmulas empíricas disponíveis. É verdade que Kibler (1982) e McCuen et al (1984) são exemplos de fontes bibliográficas importantes que esclarecem vários aspectos sobre origem, uso e aplicabilidade de fórmulas empíricas de tempo de concentração, entretanto paira alguma dúvida sobre o desempenho
absoluto e comparativo dessas fórmulas, ainda mais para os que consultam bibliografia em português, apesar do trabalho referencial de Porto (1995). Esta situação motivou a realização do presente artigo com o objetivo de avaliar o erro de 23 fórmulas de tempo de concentração, incluindo aquelas mais encontradas na bibliografia técnica brasileira. Buscou-se confrontar as informações disponíveis
sobre a origem das fórmulas e limitações teóricas, com o desempenho obtido em aplicações a bacias urbanas e rurais com dados observados. Vários resultados mostraram que é possível o uso de fórmulas de tempo de concentração para uma faixa de áreas de bacias muito superior às usadas em sua calibração, sobretudo em bacias rurais. No caso de bacias urbanas, as fórmulas com melhor desempenho mostraram uma faixa de erro maior do que as correspondentes em bacias rurais. O estudo não objetivou fazer um ?ranking? de todas as fórmulas, mas fornecer indicadores para uma escolha consciente caso a
caso.
Palavras-chave: tempo de concentração, hidrograma, cheias, Kirpich, bacias urbanas, bacias rurais
Performance of Time of Concentration Formulas for Urban and Rural basins
Abstract:
Time of concentration is one of the most widelyused
measures of basin response for calculating design
rainfalls and floods. Paradoxically, it is also a hydrological
parameter that designers find difficulty in accepting as a
criterion, because there is little information about applicability
of the various empirical formulas that are available.
Although Kibler (1982) and McCuen et al. (1984) are
important references which clarify various aspects regarding
origin, use and applicability of empirical formulas for
concentration time, doubt and uncertainty remain concerning
the absolute and comparative performance of these
formulas, particularly for those in the Portuguese literature,
despite groundbreaking work of Porto (1995). This situation
motivated the work reported in the present paper,
whose aim was to evaluate errors of 23 formulas for time of
concentration, including those most commonly found in the
Brazilian technical literature. It aimed to seek out whatever
information was available concerning formula origin and
theoretical limitations, and to assess performances of the
different formulas when tested using data from urban and
rural basins. Results showed that it was possible to use
time-of-concentration formulas on basins whose areas were
much larger than those used to calibrate them, especially
under rural conditions. In the case of urban basins, the
best-performing formulas for urban use showed wider error
bands than the corresponding formulas for use in rural
areas. The work did not seek to put all the formulas in
order of rank, but to supply indicators for a basis of careful
case-by-case selection.
Time of concentration is one of the most widelyused
measures of basin response for calculating design
rainfalls and floods. Paradoxically, it is also a hydrological
parameter that designers find difficulty in accepting as a
criterion, because there is little information about applicability
of the various empirical formulas that are available.
Although Kibler (1982) and McCuen et al. (1984) are
important references which clarify various aspects regarding
origin, use and applicability of empirical formulas for
concentration time, doubt and uncertainty remain concerning
the absolute and comparative performance of these
formulas, particularly for those in the Portuguese literature,
despite groundbreaking work of Porto (1995). This situation
motivated the work reported in the present paper,
whose aim was to evaluate errors of 23 formulas for time of
concentration, including those most commonly found in the
Brazilian technical literature. It aimed to seek out whatever
information was available concerning formula origin and
theoretical limitations, and to assess performances of the
different formulas when tested using data from urban and
rural basins. Results showed that it was possible to use
time-of-concentration formulas on basins whose areas were
much larger than those used to calibrate them, especially
under rural conditions. In the case of urban basins, the
best-performing formulas for urban use showed wider error
bands than the corresponding formulas for use in rural
areas. The work did not seek to put all the formulas in
order of rank, but to supply indicators for a basis of careful
case-by-case selection.
Keywords: time of concentration, hydrograph, floods, Kirpich, urban basins, rural basins.
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