Publicações
About RBRH
Editorial Board
Instruction for authors
Submit manuscript
Indexation
Ethics
Regimento
Special Sections
RBRH
Revista Brasileira de Recursos Hídricos
Brazilian Journal of Water Resources
ISSN 2318-0331
Revista Brasileira de Recursos Hídricos
Brazilian Journal of Water Resources
ISSN 2318-0331
VOLUME. 11 - Nº. 4 - OUT/DEZ - 2006
ARTIGO
Efeitos Naturais e Antrópicos nas Alterações dos Teores de Oxigênio Dissolvido: Uma Comparação Entre as Bacias do Rio Amazonas e Piracicaba
Andre Marcondes A. Toledo, Ariovaldo Antonio Tadeu Lucas, Catia Andersen Casagrande, Erica Pinazza, Jose Mauro Sousa Moura, Luiz Antonio Martinelli, Michelle Cogo, Paula Munhoz Antunes
Resumo:
A compreensão do comportamento do Oxigênio Dissolvido (OD) em corpos d?água é fundamental para identificar os possíveis agentes causadores de desequilíbrio nesses ecossistemas. Em algumas regiões do Brasil expressivas variações na concentração do OD têm sido observadas nas águas de rios com diferentes graus de perturbação. Diante disto, este trabalho teve como objetivo analisar a situação do oxigênio dissolvido nas bacias hidrográficas dos rios Amazonas e Piracicaba, situados respectivamente nas regiões Norte e Sudeste do Brasil, a fim de identificar quais os agentes ou processos envolvidos nas variações dos teores do OD nesses sistemas. Na bacia do rio Piracicaba pôde-se observar que as baixas concentrações do OD nos cursos d?água estão relacionadas às fontes pontuais de poluição, decorrentes da ação antrópica, com elevado volume de efluentes sem prévio tratamento advindo dos grandes centros urbanos. A concentração do OD diminui consideravelmente ao longo do canal principal da bacia do rio Piracicaba, com valores médios que variam de 8,7 mg L-1, na região das nascentes, a 1,2 mg L-1, após atravessar os maiores centros urbanos, indicando a influência dos efluentes domésticos e industriais na qualidade da água. Baixos valores de OD também foram observados nas águas do rio Amazonas, no entanto, essas variações são decorrentes de processos naturais, principalmente da oxidação da matéria orgânica e da sazonalidade do regime hídrico, determinando valores que variam de 4,0 a 5,4 mg L-1 no período da cheia do rio Amazonas, que ocorre nos meses de junho e julho, e maiores valores no período de seca, em novembro, atingindo valores de aproximadamente 6,6 mg L-1. Portanto, conclui-se que no Brasil a avaliação da qualidade da água deve considerar outros fatores que causam diminuição no teor de oxigênio dissolvido, já que a concentração deste elemento varia também em função de características físicas e climáticas regionais e não somente devido à interferência antrópica.
A compreensão do comportamento do Oxigênio Dissolvido (OD) em corpos d?água é fundamental para identificar os possíveis agentes causadores de desequilíbrio nesses ecossistemas. Em algumas regiões do Brasil expressivas variações na concentração do OD têm sido observadas nas águas de rios com diferentes graus de perturbação. Diante disto, este trabalho teve como objetivo analisar a situação do oxigênio dissolvido nas bacias hidrográficas dos rios Amazonas e Piracicaba, situados respectivamente nas regiões Norte e Sudeste do Brasil, a fim de identificar quais os agentes ou processos envolvidos nas variações dos teores do OD nesses sistemas. Na bacia do rio Piracicaba pôde-se observar que as baixas concentrações do OD nos cursos d?água estão relacionadas às fontes pontuais de poluição, decorrentes da ação antrópica, com elevado volume de efluentes sem prévio tratamento advindo dos grandes centros urbanos. A concentração do OD diminui consideravelmente ao longo do canal principal da bacia do rio Piracicaba, com valores médios que variam de 8,7 mg L-1, na região das nascentes, a 1,2 mg L-1, após atravessar os maiores centros urbanos, indicando a influência dos efluentes domésticos e industriais na qualidade da água. Baixos valores de OD também foram observados nas águas do rio Amazonas, no entanto, essas variações são decorrentes de processos naturais, principalmente da oxidação da matéria orgânica e da sazonalidade do regime hídrico, determinando valores que variam de 4,0 a 5,4 mg L-1 no período da cheia do rio Amazonas, que ocorre nos meses de junho e julho, e maiores valores no período de seca, em novembro, atingindo valores de aproximadamente 6,6 mg L-1. Portanto, conclui-se que no Brasil a avaliação da qualidade da água deve considerar outros fatores que causam diminuição no teor de oxigênio dissolvido, já que a concentração deste elemento varia também em função de características físicas e climáticas regionais e não somente devido à interferência antrópica.
Palavras-chave: oxigênio dissolvido; rio Amazonas; rio Piracicaba; qualidade da água; esgoto.
197 visualizações
62 downloads
Contabilizado a partir de 10/08/2014
ABRHidro - Associação Brasileira de Recursos Hídricos