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Revista Brasileira de Recursos Hídricos
Brazilian Journal of Water Resources
ISSN 2318-0331
Revista Brasileira de Recursos Hídricos
Brazilian Journal of Water Resources
ISSN 2318-0331
VOLUME. 19 - Nº. 3 - JUL/SET - 2014
ARTIGO
Análise Hidrológica da Cheia Excepcional Ocorrida em Junho de 2010 nas Bacias dos Rios Mundaú e Paraíba do Meio em Alagoas e Pernambuco
Resumo:
A cheia ocorrida em junho de 2010 nas bacias do Rio Mundaú e Paraíba do Meio, localizadas nos Estados de Alagoas e Pernambuco, acarretou em mortes, destruição/inundação de residências, falta de água e de energia elétrica e queda de pontes. O evento foi amplamente noticiado e algumas das razões apontadas foram: o rompimento de barragens e açudes, chuva excepcional,e a abertura de comportas. Nenhuma destas razões, isoladamente, parecia explicar a magnitude do evento de cheia e sua velocidade de deslocamento. Desta forma, este trabalho buscou avaliar hidrologicamente a ocorrência do evento, analisando os níveis de água e a precipitação, considerando a região de formação da cheia, a precipitação antecedente, entre outros fatores hidrológicos. Foram analisados dados de nível em 4 estações fluviométricas e de chuva de 73 estações pluviométricas. Para a precipitação, os dados foram tratados de forma pontual e espacializada, considerando também a precipitação acumulada para diversas durações. Na estação fluviométrica de Boa Fortuna o nível da água superou os níveis já registrados na série histórica atingindo 11,7 m,com tempo de retorno estimado pela distribuição Log-Normal de 439 anos. Aprecipitação média (espacializada) acumulada de 2 dias na bacia do rio Mundaú com 135,4 mm apresentou o maior tempo de retorno, estimado em 167 anos, utilizando a distribuição Log-Normal. Mostra-se aqui que os grandes volumes precipitados somados a condição antecedente da bacia e a distribuição da precipitação espacial e temporal foram determinantes para a gravidade do evento.
A cheia ocorrida em junho de 2010 nas bacias do Rio Mundaú e Paraíba do Meio, localizadas nos Estados de Alagoas e Pernambuco, acarretou em mortes, destruição/inundação de residências, falta de água e de energia elétrica e queda de pontes. O evento foi amplamente noticiado e algumas das razões apontadas foram: o rompimento de barragens e açudes, chuva excepcional,e a abertura de comportas. Nenhuma destas razões, isoladamente, parecia explicar a magnitude do evento de cheia e sua velocidade de deslocamento. Desta forma, este trabalho buscou avaliar hidrologicamente a ocorrência do evento, analisando os níveis de água e a precipitação, considerando a região de formação da cheia, a precipitação antecedente, entre outros fatores hidrológicos. Foram analisados dados de nível em 4 estações fluviométricas e de chuva de 73 estações pluviométricas. Para a precipitação, os dados foram tratados de forma pontual e espacializada, considerando também a precipitação acumulada para diversas durações. Na estação fluviométrica de Boa Fortuna o nível da água superou os níveis já registrados na série histórica atingindo 11,7 m,com tempo de retorno estimado pela distribuição Log-Normal de 439 anos. Aprecipitação média (espacializada) acumulada de 2 dias na bacia do rio Mundaú com 135,4 mm apresentou o maior tempo de retorno, estimado em 167 anos, utilizando a distribuição Log-Normal. Mostra-se aqui que os grandes volumes precipitados somados a condição antecedente da bacia e a distribuição da precipitação espacial e temporal foram determinantes para a gravidade do evento.
Palavras-chave: Inundações. Hidrologia descritiva.Chuvas intensas
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Contabilizado a partir de 10/08/2014
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