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Revista Brasileira de Recursos Hídricos
Brazilian Journal of Water Resources
ISSN 2318-0331
Revista Brasileira de Recursos Hídricos
Brazilian Journal of Water Resources
ISSN 2318-0331
VOLUME. 14 - Nº. 2 - ABR/JUN - 2009
ARTIGO
Impacto da Incerteza na Representatividade da Repartição Espacial da Precipitação sobre os Hidrogramas e as Curvas de Permanência Obtidos de um Modelo Chuva-Vazão Distribuído
Resumo:
Após avanços na área de modelagem de recursos hídricos, pesquisadores vêm despertando para a determinação dos erros e incertezas associados à estrutura do modelo utilizado e aos dados de entrada, entre outros fatores. Este trabalho utiliza um modelo hidrológico distribuído, o AÇUMOD, para estudo da influência da repartição espacial da precipitação nas vazões calculadas por esse modelo assim como sobre as curvas de permanência de vazões mensais obtidas a partir das saídas do modelo. Para a realização do estudo, utilizou-se uma bacia localizada na região litorânea do Nordeste do Brasil, a bacia hidrográfica do Rio Gramame, que é bastante representativa das bacias hidrográficas do litoral nordestino. Essa bacia, num passado recente, contou com uma densa rede de monitoramento pluviométrico. Esses postos foram utilizados para gerar conjuntos de vazões mensais, para diversas densidades de postos pluviométricos, excluindo-se de 1 a 7 postos pluviométricos. A análise da incerteza devida à representatividade da repartição espacial da chuva foi feita a partir de três abordagens complementares: i) estudo do efeito da densidade dos postos pluviométricos sobre a saída do modelo, ii) estudo da sensibilidade intradensidade do modelo devido à variabilidade espacial da precipitação, e iii) estudo da sensibilidade da curva de permanência das vazões mensais à representatividade da repartição espacial da precipitação. Mostrou-se que a informação gerada pelo modelo se degrada para densidades inferiores a um posto pluviométrico para cada 65 km², situação esta que se observa na maioria das bacias do litoral do Nordeste. Mostrou-se também que a sensibilidade do modelo e das curvas de permanência varia no espaço, dependendo de como se distribuem espacialmente os postos pluviométricos. Os resultados mostram uma sensibilidade diferente quando se observa o hidrograma mensal, ou a curva de permanência. Nas sub-bacias dos rios Mamuaba e Mumbaba, o erro máximo sobre a Q90 sempre foi inferior a 20%, mas apresentou-se bem superior a 100% na bacia do rio Gramame a montante do reservatório que abastece a cidade de João Pessoa. Porém, ao observar os hidrogramas mensais, a menor sensibilidade à repartição espacial da precipitação foi justamente observada na bacia do rio Gramame e a maior na bacia do rio Mumbaba.
Após avanços na área de modelagem de recursos hídricos, pesquisadores vêm despertando para a determinação dos erros e incertezas associados à estrutura do modelo utilizado e aos dados de entrada, entre outros fatores. Este trabalho utiliza um modelo hidrológico distribuído, o AÇUMOD, para estudo da influência da repartição espacial da precipitação nas vazões calculadas por esse modelo assim como sobre as curvas de permanência de vazões mensais obtidas a partir das saídas do modelo. Para a realização do estudo, utilizou-se uma bacia localizada na região litorânea do Nordeste do Brasil, a bacia hidrográfica do Rio Gramame, que é bastante representativa das bacias hidrográficas do litoral nordestino. Essa bacia, num passado recente, contou com uma densa rede de monitoramento pluviométrico. Esses postos foram utilizados para gerar conjuntos de vazões mensais, para diversas densidades de postos pluviométricos, excluindo-se de 1 a 7 postos pluviométricos. A análise da incerteza devida à representatividade da repartição espacial da chuva foi feita a partir de três abordagens complementares: i) estudo do efeito da densidade dos postos pluviométricos sobre a saída do modelo, ii) estudo da sensibilidade intradensidade do modelo devido à variabilidade espacial da precipitação, e iii) estudo da sensibilidade da curva de permanência das vazões mensais à representatividade da repartição espacial da precipitação. Mostrou-se que a informação gerada pelo modelo se degrada para densidades inferiores a um posto pluviométrico para cada 65 km², situação esta que se observa na maioria das bacias do litoral do Nordeste. Mostrou-se também que a sensibilidade do modelo e das curvas de permanência varia no espaço, dependendo de como se distribuem espacialmente os postos pluviométricos. Os resultados mostram uma sensibilidade diferente quando se observa o hidrograma mensal, ou a curva de permanência. Nas sub-bacias dos rios Mamuaba e Mumbaba, o erro máximo sobre a Q90 sempre foi inferior a 20%, mas apresentou-se bem superior a 100% na bacia do rio Gramame a montante do reservatório que abastece a cidade de João Pessoa. Porém, ao observar os hidrogramas mensais, a menor sensibilidade à repartição espacial da precipitação foi justamente observada na bacia do rio Gramame e a maior na bacia do rio Mumbaba.
Palavras-chave: distribuição espacial, precipitação, modelo chuva-vazão distribuído.
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Contabilizado a partir de 10/08/2014
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